O email não é um serviço de Nuvem
Depois da grande recetividade ao artigo Email de turma, sim ou não?, volto ao tema email, desta vez para clarificar que o email não é um serviço de Nuvem.
Nas últimas semanas, tenho-me apercebido que muitos professores não apagam a maioria das mensagens que chega à sua caixa de correio eletrónico. Isto acontece, não porque queiram preservar as conversas, mas sim os anexos. Muitos desses professores nem sequer organizam as mensagens por pastas ou etiquetas. Quando precisam de algum documento simplesmente utilizam a barra de pesquisa.
Esta estratégia não é adequada por várias razões:
- O tempo que se perde à procura de algo, que por vezes não encontramos, é tempo que poderíamos estar a empregar noutra tarefa e a ser mais produtivos.
- Se os anexos estiveram sob a forma de ficheiros comprimidos (zip, rar, etc.), sempre que precisamos de os abrir teremos muito mais trabalho do que se estes estivessem armazenados noutro local.
- Mais tarde ou mais cedo a caixa de correio eletrónico vai ficar sem espaço e, nessa altura, seremos obrigados a apagar alguns emails ou subscrever um serviço mensal para ter direito a armazenar mais mensagens.
Quando proponho guardarem os ficheiros num serviço de Nuvem, muitos hesitam por considerarem que é um processo complexo. No entanto, é preciso desfazer este mito, pois utilizar um serviço de Nuvem é tão simples como utilizar uma pen drive. Estes permitem realizar uma panóplia de operações de manipulação de pastas e ficheiros (criar, copiar, apagar, etc.) de forma remota como se as estivesse a fazer localmente.
Atualmente, a maioria dos professores utiliza o email institucional para assuntos relacionados com o seu trabalho. Estes funcionam, quase sempre, a partir de serviços da Google (gmail) ou da Microsoft (outlook), o que facilita o processo de transferência dos ficheiros para o Google Drive, no primeiro caso, ou OneDrive, no segundo.
Para além de permitir a organização de todos os nossos ficheiros, a utilização de um serviço de Nuvem permite criar e gerir pastas e documentos partilhados, o que, em tempos de ensino à distância, é um recurso valioso para a realização de trabalho colaborativo.
Assim, há cada vez menos desculpas para acumular mensagens na caixa de correio eletrónico e cada vez mais argumentos para perceber que o email não é um serviço de Nuvem.